Descrição
Em 1808, a chegada da Família Real Em 1808, a chegada da Família Real Portuguesa Rio de
Janeiro muda o panorama artístico da cidade. Padre José Maurício Nunes Garcia cai nas graças do Príncipe Regente
D. João VI, grande admirador de música, que o nomeia mestre da Capela Real, recém-criada nos moldes da que existia
na corte de Lisboa e formada por músicos locais e europeus. Em 18081, D. João VI condecora-o com o Hábito da Ordem
de Cristo, sinal da grande estima que tinha pelo músico. Indicado Mestre de Capela da Corte e arquivista real, teve
acesso à importante biblioteca musical da Casa de Bragança que Dom João trouxe consigo, o que contribuiu para sua
instrução e para o acesso a uma maior variedade de gêneros musicais trabalhados e ao conhecimento da obra de grandes
mestres europeus como Mozart e Haydn. Em 1811 chega à corte Marcos Portugal, o compositor português mais célebre do
seu tempo. A fama do recém-chegado leva D. João VI a pôr Marcos Portugal à frente da Capela Real, substituindo Pe.
José Maurício. O brasileiro continua, porém, a ser custeado pelo governo e a compor novas obras para a Capela Real.
Compôs em 1809 a Missa de São Pedro de Alcântara, em homenagem ao futuro imperador do Brasil, e, em 1816, um
Requiem para o funeral de D. Maria I.
Ao todo, Padre José Maurício compôs 26 missas, quatro missas de Requiem, responsórios, matinas, vésperas, um
Miserere, um Stabat Mater, um Te Deum, hinos, modinhas e pequenas peças profanas. Antes de sua volta a Portugal,
D. João VI presenteou-o com uma tabaqueira preciosa, em sinal de sua estima pelo músico, que tanto protegera,
inclusive contra preconceitos de alguns músicos portugueses que não queriam trabalhar com alguém com "defeito de
cor", conforme a expressão da época.
(LIGUE O SOM) Abaixo: o Glória da belíssima "MISSA DIAMANTINA".